Essa brincadeira é bem simples: você fala uma palavra e as crianças e adultos precisam cantar uma música com essa palavra. Na casa da Patricia Marinho, eles até tem uma variação dessa brincadeira: ao invés da palavra, elas falam um sílaba e aí tem que inventar uma música com essa sílaba. Essa é uma ótima brincadeira para fazer quando vocês estão no carro, na sala de espera do médico e até na mesa, na hora do almoço ou jantar.
Entre os restos arqueológicos das culturas que precederam as civilizações antigas foram encontrados elementos e peças de diferentes materiais utilizados para emitir sons. Neste sentido, existem flautas e outros instrumentos fabricados de osso ou madeira que se remetem há 40.000 anos. Apesar disso, a música como manifestação cultural plenamente desenvolvida teve início na Grécia Antiga. Foi aí que a música adquiriu sua avaliação atual. Assim, quando as palavras não podem transmitir todas as ideias, a expressão musical procura comunicar o inominável.
UMA PALAVRA, UMA MUSICA
A notação musical começou a ser desenvolvida por volta do século V a. C e o primeiro teórico da música foi Aristógenes de Tarento. Do ponto de vista acadêmico, esta forma de arte é estudada em uma disciplina, a musicologia.
As primeiras manifestações musicais no território que hoje corresponde ao Japão provavelmente vieram do povo Ainu, que dominava o arquipélago até a chegada dos mongoloides no 2º milênio antes de Cristo.[5]
O biwa (琵琶 - chinês: pipa), uma forma de alaúde curto, era tocado por um grupo de apresentadores itinerantes (biwa hōshi) (琵琶法師) que usavam-no para acompanhar histórias. A mais famosas dessas histórias é o Heike Monogatari, uma história do século XII do triunfo do clã Minamoto sobre o clã Taira. O Biwa hōshi começou a se organizar como uma associação parecida com uma guilda (tōdō) para homens com deficiência visual no início do século XIII. Esta guilda posteriormente controlou uma grande proporção da cultura musical do Japão.
O taiko é um tambor japonês que vem em vários tamanhos e é usado para tocar uma variedade de gêneros musicais. Ele tornou-se particularmente popular em anos recentes como o instrumento principal de conjuntos musicais cujo repertório é baseado em uma variedade de músicas folclóricas e de festivais do passado. Tais músicas de taiko são tocadas por conjuntos de grandes tambores chamados de kumi-daiko. Suas origens são incertas, mas podem ser datadas do século VII, quando uma figura de barro de um tocador de taiko indica sua existência. Houve influências da China, mas o instrumento e sua música permaneceram estritamente japonesas.[7] Os tambores de taiko durante este período eram usados durante as batalhas para intimidar o inimigo e para comunicar comandos. O taiko continua a ser usado na música religiosa do budismo e xintoísmo. No passado, os tocadores eram homens sagrados, que tocavam apenas em ocasiões especiais e em pequenos grupos, mas com o passar do tempo, homens laicos (raramente mulheres) também passaram a tocar o taiko em festivais semireligiosos como o bon odori.
Afirma-se que o taiko moderno foi inventado por Daihachi Oguchi em 1951. Um baterista de jazz, Oguchi incorporou seu histórico musical com grandes grupos de pessoas, que ele também havia projetado. Seu estilo energético tornou seu grupo popular em todo o Japão e tornou a região de Hokuriku um centro da música do taiko. Um dos músicos que surgiram dessa onda de popularidade foi Sukeroku Daiko e seu colega de banda Seido Kobayashi. Em 1969, um grupo chamado Za Ondekoza foi fundado por Tagayasu Den. O Za Ondekoza reunia jovens tocadores de taiko que inovaram com uma nova versão do taiko revivendo suas raízes. Durante a década de 1970, o governo japonês alocou fundos para preservar a cultura japonesa e muitos grupos comunitários de taiko foram formados. Mais tarde, grupos de taiko se espalharam pelo mundo, especialmente nos Estados Unidos e Brasil. O videogame Taiko Drum Master é baseado no taiko. Um exemplo de uma banda moderna de taiko é o Gocoo.
Em segundo lugar, uma escala pentatônica, que coincide com a escala maior pentatônica da música ocidental, é muitas vezes usada no min'yō das ilhas principais do Japão. Nesta escala pentatônica, o subdominant e o leading tone (graus da escala 4 e 7 da escala grande do ocidente) são omitidos, resultando em uma escala musical sem meios-passos entre cada nota (Do, Re, Mi, Sol, La em solfeggio, ou graus de escala 1, 2, 3, 5 e 6). O min'yō okinawano, no entanto, é caracterizado pelas escalas que incluem os meio-passos omitidos na escala pentatônica, quando é analisado na teoria ocidental da música. De fato, a escala mais usada no min'yō okinawano varia entre 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7.
Após a Restauração Meiji ter introduzido a educação musical ocidental, um burocrata chamado Izawa Shuji compilou músicas como "Auld Lang Syne" e músicas encomendadas usando uma melodia pentatônica. A música ocidental, especialmente as marchas militares, logo tornaram-se populares no Japão. Duas formas principais de música que se desenvolveram durante este período foram a shoka, que era composta para trazer a música ocidental para as escolas, e o gunka, que eram marchas militares com alguns elementos japoneses.
O J-pop, uma abreviatura para Japanese pop, é um gênero musical amplo que entrou no mercado musical do Japão na década de 1990. O J-pop moderno possui suas raízes na música pop e rock da década de 1960, como os The Beatles, que levaram ao surgimento de bandas como Happy End, fundindo o rock com a música japonesa.[10] O J-pop foi mais definido por bandas japonesas de new wave, como Yellow Magic Orchestra e Southern All Stars no final da década de 1970.[11] Posteriormente, o J-pop substituiu o kayōkyoku na cena musical japonesa.[12] O termo foi cunhado pela imprensa japonesa para distinguir a música japonesa da música estrangeira.
Os artistas musicais Japanese idol são uma parte significante do mercado musical, com girl groups e boy bands constantemente no topo da Oricon. Eles incluem a boy band Arashi, que teve os singles mais vendidos de 2008 e 2009, e o girl group AKB48, que teve os singles mais vendidos em todos os anos desde 2010.
O hip-hop é uma forma mais nova de música na cena musical japonesa. Muitos sentiam que esta era uma tendência que passaria imediatamente. No entanto, o gênero durou por muitos anos e ainda sobrevive. De fato os rappers no Japão não alcançaram o sucesso dos artistas de hip-hop em outros países até o final da década de 1980. Isto se deveu principalmente à crença no mundo da música de que "as frases em japonês não seriam capazes de formar um efeito de rima que existia nas músicas dos rappers americanos".[35] Há uma certa estrutura bem definida para a indústria da música chamada de "A Estrutura de Pirâmide da Cena Musical". Como Ian Condry destaca, "observar a cena musical em termos de uma pirâmide oferece uma compreensão mais diferenciada de como interpretar a importância de níveis e tipos diferentes de sucesso."[36] Os níveis são os seguintes (do mais baixo para o mais alto): fãs e artistas potenciais, artistas que se apresentam, artistas que gravam (indies), artistas de grandes gravadoras e grandes estrelas. Esses diferentes níveis podem ser vistos claramente em um genba ou boate. Diferentes "famílias" de rappers se apresentam no palco. Uma família é essencialmente um conjunto de grupos de rap que são geralmente liderados por um dos mais famosos grupos de Tóquio, que também inclui alguns pupilos.[37] Eles são importantes porque eles são "a chave para entender as diferenças de estilo entre os grupos".[37] Os fãs de hip-hop no público são os que controlam a boate. Eles são os jurados que determinam os vencedores nas batalhas de rap no palco. Um exemplo disto pode ser visto na batalha entre os rappers Dabo (um artista de grande gravadora) e Kan (um artista indie). Kan desafiou Dabo para uma batalha no palco enquanto Dabo estava no meio de uma apresentação. Outra parte importante das boates foi mostrada neste momento. Ele mostrou "a abertura da cena e a fluidez dos limites nas boates".[38]
Quando os primeiros jogos eletrônicos foram vendidos, eles possuíam apenas sons rudimentares que eram usados para produzir música. Com o avanço da tecnologia, a qualidade do som e da música que essas máquinas de jogos poderiam produzir melhorou drasticamente. O primeiro jogo a ser reconhecido por sua música foi Xevious, também famoso por suas histórias profundas (para a época). Embora muitos jogos tivessem músicas bonitas para acompanhar o jogo, um dos jogos mais importantes na história da música dos videogames é Dragon Quest. Koichi Sugiyama, um compositor que é conhecido por ter composto músicas para vários animes e programas de TV, incluindo Cyborg 009 e o filme Godzilla vs. Biollante, envolveu-se no projeto por pura curiosidade e provou que os jogos podem ter trilhas sonoras sérias. Até seu envolvimento, a música e os sons eram geralmente negligenciados no desenvolvimento dos jogos, com os programadores com pouco conhecimento musical sendo forçados a escrever eles mesmos as trilhas sonoras. Sem temer os limites tecnológicos, Sugiyama trabalhou para criar uma trilha sonora que não cansaria o jogador mesmo com horas e horas de jogo.
Música é a combinação de ritmo, harmonia e melodia, de maneira agradável ao ouvido. No sentido amplo é a organização temporal de sons e silêncios (pausas). No sentido restrito, é a arte de coordenar e transmitir efeitos sonoros, harmoniosos e esteticamente válidos, podendo ser transmitida através da voz ou de instrumentos musicais.
A música evoluiu através dos séculos, resultando numa grande variedade de gêneros musicais, entre eles, a música sacra ou religiosa, a erudita ou clássica, a popular e a tradicional ou folclórica. Cada um dos gêneros musicais possuem uma série de subgêneros e estilos. 2ff7e9595c
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